FACESA – Faculdade Evangélica de Salvador
CURSO – Licenciatura Plena Em Música
DISCIPLINA – Psicologia da Música SEMESTRE – 5
ALUNOS – Isaías Ribeiro e Rafael Pereira Turma - 05
PROFESSOR (A) – MARIANA CARIBÉ MAZZEI




DO SOM...

... AO TOM


ÌNDICE


 Introdução
 Um dos Primeiros Instrumentos
 O que é o tom?
 Ressonância
 Altura
 Evolução dos Instrumentos
 Salas de Concerto
 Como o cérebro ouve os tons



Introdução

O estudo deste capitulo nos ajuda a entender o que é o tom, como ele é formado, como acontecem as frequências, além de passar por outros aspectos do som como altura, ressonância, intensidade.
Este estudo é de fundamental importância e muito pertinente, pois, como podemos executar um instrumento se não entendemos certas particularidades? Então precisamos conhecer a estrutura, como acontece as ressonâncias, como as vibrações atingem as cavidades de ressonâncias, como as frequências são produzidas, perceber as caracteristicas da altura, peceber a intensidade da música. Ao entendermos os fenômenos que acontecem na produção do som, a compreensão do seu instrumento e da música se torna mais clara e mais instigante também.
As informações contidas no capitulo Do Som ao Tom no que se refere as salas de concerto transmite noções básicas sobre a acústica, abordando o movimento das ondas de som. No tema evolução de instrumentos conseguimos entender por que alguns intrumentos foram esquecidos. No tópico como o cerebro ouve os tons é mostrado as partes do cérebro que são responsaveis pelos sons descrevendo que parte é responsavel por determinada coisa.


Um dos Primeiros Instrumentos Musicais

Há 65 milhões de anos atrás viveu na terra o Parasaurolophus, um animal pré histórico, possuia uma coroa, um tubo de um metro e meio, descrevendo um arco que ia de suas narinas até além da parte de trás da sua cabeça.
Por muito tempo, estudiosos se questionavam quanto ao motivo da função da crista do Parasaurolophus. Enfim, a descoberta, alguém teve a idéia de pegar um tubo plástico e cola. Com os materiais fizeram uma crista tosca do tamanho natural, igual, a do parasaurolophus e demonstrou com um sopro fundo a verdadeira natureza da crista: era uma trombeta. Era um ressoador, que o Parasaurolophus usava para trombetear urros até longas distâncias.
O que torna esse animal pré histórico interessante é que ele produziu não quaisquer antigos sons, mas, sons musicais – Tons.


O que é o tom?

Os tons são formados a partir de modelos particulares de som, produzidos pela vibração de certas formas simples. O que são essas formas simples? Pode ser bem exemplificado através de cordas, gongos e tubos porque vibram de forma simples.
De certo, o primeiro exemplo de som ou tom que o homem percebeu veio da natureza. Seja atráves do barulho do vento que vez ou outra pode assobiar, seja através de sons produzidos pelos animais com o intuito de se comunicar com outros da sua espécie. Os mais eficientes produtores de som concentram seus esforços apenas num tom, para fazer um som que viaja mais longe e parece mais alto do que se essa energia fosse espalhada por muitas frequências, mas, gostaria de deixar claro que nem todo som ou barulho que vem da natureza é considerado tom.

Exponho agora algumas das definições encontradas no decorrer desta pesquisa com o objetivo de conceituar o que é o Tom:

 Intervalo entre duas notas que correspondem a dois semitons
 Determinação da altura de uma escala pelo enunciado de sua Tônica

Quero compartilhar agora minha propria definição : O tom é muito mais do que um intervalo entre duas notas, ou, determinação da altura (grave ou agudo) de uma escala . O tom é não é só uma referência para execução desta ou daquela peça musical. Enfim, o tom é um estimulo que ativa os sentidos.
Na pagina 60, paragrafo 2 do livro, está escrito: A maioria de nós passa a vida inteira sem perceber que ouvimos muitos sons em cada tom musical. Deixamos de ouvir os componentes de um tom em grande parte por falta de atenção, exatamente como olhamos para uma àrvore sem notar seus ramos individuais.
Segundo Piaget, o contato inicial com o objeto se dá por meio da percepção do sujeito, portanto, fazendo uma analogia e aplicando este ponto de vista ao tema abordado, a descoberta do que é um tom , na prática, acontece quando você decide aprender a percebê-lo.

Na pagina 56 do livro encontraremos um exemplo:
Considere uma corda de violão. Quando é dedilhada, a corda inteira vibra para frente e para trás, numa frequência( reprodução do som) particular, digamos, 100 ciclos por segundo. Se você prende a corda na metade, dividindo-a em dois seguimentos, esses segmentos vibram, cada um, numa frequência que corresponde a duas vezes a da corda inteira, ou seja, 200 ciclos por segundo. E assim sucessivamente, se dividir em três, a frequência será três vezes maior.
Se observarmos um violino e uma flauta é facil reconhecer que os instrumentos soam diferentes. A flauta soa como um assobio não ouvimos som harmônico. No violino ouvimos os sons mesmo que estes não soem alto. Sendo assim a flauta parece ter uma frequência única.
Os Tons agradam nossos ouvidos de uma maneira que não conseguem fazer os sons de frequência unica. Os sons de Frequência mais alta são chamados de sons harmônicos (ou consonantes, sons simples, que formam um composto). Tendemos a identificar o tom pelo seu componente mais baixo e pelo mais baixo), quando os sons são organizados em um padrão organizado de sons harmônicos, o resultado é um Tom.
Se pegarmos o piano como exemplo, vamos perceber que a frequência também é duplicada de uma oitava para outra. Se prestarmos bem atenção(que a cada nota aumenta-se a frequência) entenderemos que o cérebro encontra coerência nos sons que ouve.


Ressonância

Se não existisse a ressonância, certamente os sons não seriam fortes o suficiente para atingir determinadas frequências. As ressonâncias variam de acordo com o tamanho, forma, material e outros aspectos de cada instrumento, cada um tem a sua particularide. Como por exemplo o corpo humano. O formato do crânio, a altura, à estrutura do corpo de cada pessoa tem algumas diferenças, então a colocação de ar nas cavidades de ressonância influência no produto final do som que vai ter origem nas pregas vocais, pois o som, quando passa pelas caixas de ressonâncias podem soar diferentes de pessoa para pessoa. Na tentativa de duas pessoas entoarem o mesmo som pode ser preciso utilizar articulações diferentes para atingir o mesmo objetivo.
Página 62, paragrafo 4: Para produzir um som contínuo, o instrumento deve ser dividido em duas partes uma que gera as ondas de som – como as cordas de violino – e outra que recebe as ondas de som e ressoa – corpo de um violino.
Nos instrumentos de sopro a ressonância acontece através de uma coluna de ar. O ar é empurrado através de um tubo, fica em pressão mais elevada , o movimento do ar produz uma vibração de forma parecida com a de uma corda de violino.
Nos instrumentos de corda a frequência fundamental de uma coluna depende do tamanho da corda. Nos instrumentos de sopro as mudanças de frequência acontecem quando se salta para uma fundamental diferente (nota diferente), os buracos ao longo do instrumento são cobertos ou descobertos, e as várias combinações resultam em colunas de ar com o cumprimento diferente.
Não pode sair energia de um instrumento musical se não lhe for for empregada energia

Altura

Da energia aplicada a um instrumento musical afim de produzir som, apenas, menos de um por cento dessa energia surge como som.
No que diz respeito a altura, o som pode ser classificado como agudo ou grave. Percebemos a altura pela frequência, pelas vibrações produzidas. Altura é diferente da intesidade, nesta, o som é classificado como forte ou fraco, aí é verificado e potência do som, e esta intensidade é medida em decibéis.
O poder da acústica, como poder elétrico é medido em watts, e cada instrumento tem o seu poder maximo de produção:

violino: um vigésimo de watt
Trombone: 6 watts
Bombo:25 watts

Agora, tente imaginar uma orquestra, instrumentos musicais variados soando suas frequências ao mesmo tempo. Uma orquestra chega aos 67 watts quando explode totalmente.
Se pegarmos uma lâmpada incandescente de sessenta watts seriam necessárias cerca de cem delas para iluminar obscuramente uma sala de concerto, mas, um jato de som com energia igual pode explodir em cima de uma audiência a ponto de colocá-la em risco de lesão auditiva. Isso nos mostra a dimensão que a energia do som pode atingir, essa noção de medida de altura é fundamental para entendermos certas particularidades do som e dos instrumentos.
O som, mais alto que se registrou na história, a explosão da ilha indonésia de Krakatau em 1883, foi ouvida a mais de cinco mil quilômetros de distância
As baixas freqüências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos. Quando tocamos a parte das oitavas do baixo do piano temos sons de frequência mais baixa, já a parte aguda tem frequência maior.
Somente nos dois últimos séculos que os compositores vem explorando as matizes da altura da música, variando a dinâmica, um trecho soa mais alto, outro mais baixo.



Evolução dos instrumentos

Os instrumentos musicais desaparecem quando não podem adaptar-se as demandas do mutável estilo musical. Os instrumentos sofrem alterações em sua estrutura com objetivo de melhorar a sua eficacia ou trazer algo novo.
Na natureza especíes de animais invandem o território do outro e os tornam extintos. Assim também acontece na música.
O destino dos instrumentos também está ligado a considerações econômicas. Os músicos têm de comer, então, estudam os instrumentos para ganhar dinheiro, os compositores evitam compor para instrumentos que não são populares, e então os músicos não aprendem estes instrumentos. E estes instrumentos terminam, guardados, pendurados em algum lugar ou dentro de caixas de vidro em museus. Até mesmo as salas de estar onde as músicas eram executadas foram, trocadas pela sala de concerto.
Comparado com seus ancestrais os instrumentos que sobreviveram são altos, têm amplos registros de frequência e exibem um timbre relativamente constante, do grave ao agudo. Quando esses critérios foram satisfeitos, qualidades mais sutis desempenharam um papel na sobrevivência dos instrumentos, que obtiveram sucesso por que precisam trabalhar bem com outros, em grandes conjuntos.


Salas de Concerto

As salas de concerto fucionam como extensão de todos os instrumentos, ecoando sons e fortalecendo ou absorvendo varias frequências. Os sons se movimentam e se espalham por toda sala até perder a sua intensidade.
É preciso que o maestro esteja atento a detalhes, pois até mesmo a umidade pode influênciar no desempenho dos músicos fazendo-os se esforçarem para tocar mais alto.
A acústica de uma sala é uma coisa misteriosa, torna o som musical mais complexo.
Os peritos em acústica distinguém entre três tipos de som em uma sala de concerto. Primeiro vem o som direto, que vem do palco até você, depois há o som precoce que resulta dos primeiros reflexos a alcançarem os ouvidos, normalmente vindos do teto ou das paredes laterais. E, finalmente há os ecos, que se formam e aos poucos desaparece.
No Brasil a primeira Sala de Concertos foi inaugurada somente em 1999 na cidade de São Paulo, a Sala São Paulo. Baseada na forma longitudional do Concertgebouw de Amsterdã, foi implantada no salão central de uma antiga estação de trens. É considerada umas das melhores acústicas do mundo, é a sede da OSESP a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.


Como o Cérebro ouve os Tons

Enquanto o cortéx auditivo primário focaliza as propriedades dos sons individuais, o cortéx secundario preocupa-se particularmente com as relações entre os múltiplos sons. O cortéx auditivo do lado direito do cerebro focaliza as relações entre sons simultâneos. Ele poem às claras hierarquias das relações harmônicas. O lado direito do cérebro nã tem vantagem nenhuma sobre o lado esquerdo, quando são ouvidos sons de frequência pura. Mas passa para o primeiro plano quando chegam tons ricos em sons harmônicos.
Em contraste, o cortéx auditivo secundário do hemisfério esquerdo visa às relações entre as sucessões de sons. Preocupa-se com hierarquias de sequências e desempenha papel de destaque na percepção do rítimo. Não é de surpreender que o lado esquerdo do cérebro seja também a sede da linguagem, dando sequência a redes de ideias, em cadeias de palavras.

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