Quando o valor terapêutico da música for compreendido e reconhecido, ela será considerada tão necessária no tratamento de doenças quanto a água, o ar e os alimentos”. (Campbell17).
A doença de Parkinson é uma patologia degenerativa, que ataca os neurônios impedindo a transmissão de informações do cérebro para o resto do corpo. É preciso pontuar que não apenas na velhice se manifesta a doença de Parkinson. O que não se nega é que, apesar de essas doenças poderem acometer pessoas das mais variadas idades, na verdade elas são altamente incidentes naquelas mais longevas.
¢ A D.P. - uma das afecções neurológicas mais comuns do sistema nervoso central. Acomete principalmente o sistema motor de aproximadamente 1% da população acima dos 65 anos; 10% dos casos ocorrem antes dos 50 anos; 5%, antes dos 40; casos mais esparsos de afetados com até 30, enquanto a D.P. em crianças é a forma menos incidente.
¢ Os sintomas do Mal de Parkinson podem passar despercebidos nos estágios iniciais. Pode haver tremor no polegar, que vem e vai, ou uma sensação de tremor interno, ou a escrita pode ficar pequena. Muitas pessoas relatam que o diagnóstico do Mal de Parkinson em estágio inicial não foi percebido durante consultas em centros de diagnose excelentes e muito famosos. Não foi por culpa dos médicos. Os sinais da doença eram apenas leves demais para um diagnóstico preciso. Além dos tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e desequilíbrio (sintomas básicos), a doença de Parkinson também pode afetar a fala e a voz. Os problemas ocorrem devido à falta de coordenação e também pela redução do movimento dos músculos que controlam os órgãos responsáveis pela produção dos sons da fala.
Pessoas que ignoram seus sintomas podem adiar o reconhecimento de que portam o Mal de Parkinson. Quando o diagnóstico é feito, eles ficam surpresos de como puderam deixar de perceber sua condição até serem forçados a faze-lo.
¢ A Musicoterapia auxilia a pessoa portadora da Doença de Parkinson a orientar-se, restabelecendo as coordenadas de tempo e espaço; a relaxar, no caso de insegurança ou ansiedade; expressar-se melhor, quando existem problemas de comunicação; potencializar as funções físicas e mentais com problemas e reforçar a autonomia pessoal, através da música; a receber uma maior atenção, um reconhecimento e um sentido de seu próprio valor como sujeito.
Ao retomar músicas da infância ou juventude, enfim, músicas que afetaram beneficamente sua vida, ao participar de sua execução, elas farão emergir sua criatividade musical, lhe trarão uma renovação em seu estado de ânimo, auxiliando a recompor corpo e espírito [trecho da dissertação de mestrado de Pedro Lodovici Neto - PUC-SP 07]
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